São Paulo, sexta-feira, 23 de dezembro de 1994
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Cristãos sofrem em cinemascope

INÁCIO ARAÚJO
DA REDAÇÃO

A maior vantagem de "O Manto Sagrado" perde-se na TV: é a maneira como o cinemascope (processo de filmagem com tela larguíssima, inaugurado por este filme) capta as turbulências de Roma no momento da morte de Cristo.
As desvantagens ficam. O cinemascope, sobretudo no início, ajudava as sequências grandiosas, que implicavam figuração e cenários grandiosos, mas dificultava os movimentos e os cortes.
A história tem um monte de coisas que se gosta de ver, sobretudo romanos perversos (Calígula à frente). E também romanos bons, como o centurião Richard Burton. Aliás, o que o torna bom é a paixão pela bela cristã Jean Simmons, que termina levando-o à conversão.
A narrativa, que alterna fatos históricos e ficção, tem inúmeras cenas de interesse. O conjunto, porém, é pesado. O filme inspira mais sentimentos de contrição – inspirados pela Semana Santa– do que o otimismo natalino. Com todos os seus problemas, inclusive o peso excessivo, é um filme para ver ao menos uma vez na vida.
(IA)

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