São Paulo, terça-feira, 27 de dezembro de 1994 |
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Votos ao vento O helicóptero era o principal meio de transporte do tucano Eduardo Azeredo durante a campanha ao governo de Minas. Atento aos detalhes, ordenou que os "campos de pouso" do helicóptero fossem molhados para evitar que a poeira levantada se tornasse um transtorno para os eleitores. Na cidade de Bicas, o campo de futebol usado para o pouso tinha sido previamente molhado. Mas os portões de acesso, graças à oposição, estavam trancados. Foi preciso fazer um novo pouso fora do campo, levantando uma espessa nuvem de poeira. Durante o corpo-a-corpo, Azeredo foi abordado por uma eleitora. – O senhor sujou todo mundo de poeira. Vai perder a eleição em Bicas. Dito e feito. Na cidade, Azeredo teve uma das suas piores votações no primeiro turno. Preocupado com a imagem de sujão, ele não compareceu à cidade no segundo turno. Apurados os votos, teve uma surpresa: sem aparecer por lá, conseguiu uma votação proporcional superior a 80%, uma das suas maiores médias em toda a campanha. Texto Anterior: Medida de segurança; Vôo da alegria; Estilo Covas; Ajuda tucana; Mãos à obra; Pós-Collor; Em duas etapas Próximo Texto: Titular da Receita de FHC deve unificar fiscalização Índice |
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