São Paulo, terça-feira, 27 de dezembro de 1994
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Corrupção no ministério pode derrubar dois secretários

MÁRCIA MARQUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A comissão que investigou as denúncias de corrupção no Ministério da Saúde quer a destituição dos secretários executivo, Dioclécio Campos, e de Vigilância Sanitária, João Geraldo Martinelli.
Para a comissão, que entregou ontem o relatório ao ministro Henrique Santillo, ficou confirmado que houve "infração administrativa".
As denúncias apontavam irregularidade na liberação de registros para comercialização de remédios. No final de outubro, por causa das investigações, os secretários e outros sete funcionários foram afastados de suas funções.
No relatório entregue ontem a Santillo também foi pedido o afastamento de outros servidores que ocupavam cargo de confiança.
A funcionária Ivonete do Nascimento Chôas Nunes deverá ser suspensa por 40 dias.
Ela disse, em depoimento à Polícia Federal, que falsificava a assinatura da ex-diretora do Departamento Normativo da Secretaria de Vigilância Sanitária, Iracema Joana Stefan, para conseguir a liberação de registros de medicamentos.
Para a comissão, apenas a chefe de gabinete do secretário de Vigilância Sanitária, Iracema Fermont, não cometeu irregularidade.
O ministro recebeu o documento ontem no final da tarde e encaminhou o relatório para a consultoria jurídica do ministério. Hoje ele deverá receber um parecer sobre o trabalho da comissão.
Os secretários estiveram afastados de suas funções por 60 dias e na sexta-feira passada retornaram ao trabalho porque venceu o prazo pedido pela comissão para que continuassem suspensos.

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