São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 1994 |
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Novo governo quer mostrar serviço com prisão de chefões
SERGIO TORRES
O objetivo é da nova administração da Polícia Civil do Estado, que pretende, com a prisão dos acusados por tráfico de drogas e sequestros, dar à população uma mostra rápida de eficiência. Para os delegados que ascendem à cúpula policial no governo de Marcello Alencar (PSDB), a prisão de Ernaldo Pinto de Medeiros (Uê), Flávio Pires da Silva (Flávio Negão), Márcio Santos (Nem Maluco) e Miguel Alves Vieira Neto (Miguelzinho) é considerada "prioridade absoluta". No novo governo, a Polícia Civil perde o status de secretaria, passando a ser subordinada a uma recém-criada Secretaria de Segurança Pública, comandada pelo general da reserva Euclimar da Silva. Uma das metas do secretário é devolver à Polícia Civil a condição de órgão eficiente. Na avaliação dos novos administradores, as acusações de envolvimento com bicheiros, exterminadores, extorsões e diversas outras modalidades criminosas fez cair em descrédito a instituição. Para chefiar a Polícia Civil foi escolhido o delegado Dilermando Amaro, que há 12 anos chefia o Departamento Geral de Administração da quase extinta secretaria. Amaro listou aqueles que considera os quatro marginais mais perigosos no momento. Flávio Negão, Uê e Nem Maluco são apontados como "chefões" do tráfico de drogas em favelas populosas da zona norte carioca, como Vigário Geral, Alemão, Vila Cruzeiro e Nova Brasília. A busca de Negão, Uê, Nem Maluco e Miguelzinho promete ser intensa. Até mesmo porque a prisão de pelo menos um deles é meta também da PM (Polícia Militar) e das próprias Forças Armadas, que desde o início da Operação Rio –de combate à criminalidade– não prenderam sequer um suspeito importante. Texto Anterior: General quer integração SP, Rio e Minas Próximo Texto: Simon e Campos brigam por espaço Índice |
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