São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 1994 |
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Paulistano compra 'kit sexo' para réveillon
CAROLINA CHAGAS; ROGÉRIO WASSERMANN
Eles esvaziaram as lojas de lingerie, diminuíram o volume das prateleiras de camisinhas das farmácias e devem lotar motéis a partir das 2h (veja quadro ao lado). A suíte presidencial do motel Studio A, na marginal Tietê (zona norte de São Paulo), foi reservada para um grupo de 30 pessoas para a noite de hoje. O apartamento custa R$ 348 por 12 horas, tem 240 m2, três andares, boate, sauna, banheira de hidromassagem, dois banheiros e piscina de 18 metros de comprimento. "Se tivéssemos 90 suítes como esta, todas estariam ocupadas na noite do dia 31", afirma o gerente Almir Ribeiro Martins, 42. "Sempre temos fila de espera na primeira madrugada do ano." A passagem do ano também será movimentada no Maksoud Plaza (centro). Segundo o gerente-geral Daniel Mallevergne, 120 casais reservaram quartos para hoje. Muitos homens resolveram garantir de antemão a companhia. "Recebemos 600 pedidos de acompanhantes para o réveillon", afirma o atendente da Royal Escorts, agência de acompanhantes, que só quis se identificar como Mario. De acordo com ele, a maioria dos clientes são estrangeiros que estão na cidade a trabalho. O administrador de empresas José do Nascimento Andrade, 53, pretende ter uma noite interminável. Começa com jantar em família com a mãe, a mulher e a filha. Andrade gastou anteontem R$ 744,00 na loja de lingeries Jogê do shopping Eldorado. Saiu com uma sacola com nove camisolas brancas. Uma para a mulher, uma para a filha de 16 anos e o resto para sete "primas". "Depois da ceia vou levar os presentes para pelo menos duas de minhas primas, nem que minha noite termine as 7h", diz Andrade. A estudante Paulina Miroslava Sloty, 24, aproveitou parte da tarde de ontem para refazer seu estoque de camisinhas para se preparar para a noite de Ano Novo. "Vou com meu namorado para o Guarujá e quero ter certeza de uma noite apaixonada e segura", diz. Na drogaria Iguatemi (zona oeste) a procura por camisinhas aumentou muito na última semana. "Na noite de quinta-feira já não tínhamos nenhuma caixa de camisinhas Olla", afirma o gerente da loja, João Salafia, 49. Carolina Chagas e Rogério Wassermann Texto Anterior: Faltam médicos no Ermelino Matarazzo Próximo Texto: REVÉILLON NA ALCOVA Índice |
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