São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 1994
Texto Anterior | Índice

Racionamento acaba hoje em São Paulo

DA REPORTAGEM LOCAL

O racionamento de água em São Paulo, que desde 3 de novembro atinge 5 milhões de moradores das zonas sul, oeste, leste e região central da cidade, acaba hoje.
Técnicos da Sabesp analisaram a média de chuvas dos últimos 50 anos e concluíram que o risco do abastecimento entrar em colapso se o rodízio fosse suspenso era "muito pequeno".
Na represa Guarapiranga (que abastece as zonas sul, oeste e região central), o risco de colapso é de 20%. No sistema Alto Tietê (que abastece a zona leste e municípios da Grande São Paulo), o risco é de 4%.
No início do racionamento o risco era de 50%.
Durante os 57 dias de rodízio, foram economizados cerca de 22 milhões de litros cúbicos de água na Guarapiranga e Alto Tietê.
A economia obtida ficou abaixo da expectativa da Sabesp e o rodízio só será suspenso por causa das chuvas das duas últimas semanas.
Na represa Guarapiranga, a expectativa era de que houvesse uma redução de 3.000 litros de água por segundo. Na prática, a redução foi de 2.700 litros por segundo.
No sistema do Alto Tietê era esperada uma economia de 700 litros por segundo. A economia real foi de 670 litros por segundo.
O hábito de armazenar água em baldes e bacias e o grande número de prédios e casas com caixas-d'água acima de 5 mil litros foram os principais empecilhos à economia.
Quatro regiões continuam em sistema de rodízio: Arujá, itapevi e Diadema (Grande São Paulo) e parte de Guaianazes (zona leste).
O rodízio nessas áreas é causado por problemas de adução que só serão resolvidos com mais investimentos.

Texto Anterior: Agenda traz de Drummond a signos
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.