São Paulo, sábado, 31 de dezembro de 1994
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Preços ficam estáveis nos supermercados

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

Os preços ficaram estáveis nos supermercados e hipermercados de São Paulo na última semana do ano. Nos supermercados, o reajuste médio foi de 0,17%, contra elevação de 1,06% no período imediatamente anterior.
Nos hipermercados, o reajuste médio ficou em 0,43%, uma taxa bem abaixo dos 2,05% da semana anterior. Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços de 96 itens nos setores de alimentos, produtos de higiene e de beleza e artigos de limpeza. A pesquisa é feita semanalmente em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulontes.
Com os reajustes da última semana de dezembro, o acumulado do mês sobe para 1,6% nos supermercados. Já nos hipermercados, os reajustes foram mais acentuados, atingindo 4,6% no mês.
A puxada de dezembro, principalmente devido à transferência de promoções de produtos tradicionais para artigos de Natal, trouxe os preços médios praticados atualmente para mais perto dos em vigor antes do Real.
Após ter registrado queda de até 7% em relação à média do final de junho, os supermercados e hipermercados estão com preços médios 1,3% inferiores aos do final do primeiro semestre.
Uma outra pesquisa do Datafolha, apenas com alimentos básicos, registrou aceleração de 0,68% na semana. As carnes voltaram a subir. O quilo de patinho ficou 3,91% mais caro, enquanto a carne de porco, que tradicionalmente sobe neste período, subiu 4,5%.
As maiores variações de preços estiveram no grupo dos produtos "‹n natura": a batata subiu 15,15% e o tomate caiu 22,09%.
O custo médio da cesta básica pesquisado pelo Procon, em convênio com o Dieese, teve redução de 0,60% na semana. A queda foi mais intensa entre os alimentos, que ficaram 0,72% mais baratos. Nos primeiros seis meses do Plano Real, o custo da cesta básica teve queda de 2,94%, segundo o Procon. No mesmo período, a inflação da Fipe deve ficar em 18,6%.
Para janeiro, alguns setores industriais prometem repasses de preços. Os donos de redes de supermercados, no entanto, estão resistindo aos aumentos. Estão mais estocados e esperam que a redução de custos industriais, com o fim do IPMF e queda dos preços de combustíveis, inibam os reajustes por parte das indústrias.

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