São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Hospitais particulares limitam atendimento

DA REPORTAGEM LOCAL

O Sindhosp (sindicato dos hospitais particulares e beneficentes do Estado de São Paulo) autorizou ontem seus associados a limitar o atendimento aos conveniados do SUS (Sistema Único de Saúde) às possibilidades materiais e finaceiras dos hospitais. O SUS deve CR$ 44 bilhões aos 700 hospitais conveniados do Estado, referentes a consultas e internações realizadas em dezembro.
Segundo o sindicato, os hospitais particulares e beneficentes respondem por 80% das internações e 60% das consultas ambulatoriais dos pacientes atendidos pelo SUS no Estado de São Paulo. De acordo com o Sindhosp, serão mantidos os atendimentos de urgência e emergência, mas as consultas ambulatoriais ficarão a critério de cada hospital. Uma triagem médica e a disponibilidade material determinarão os pacientes de ambulatório que continuarão sendo atendidos.
A Fenaess (Federação Nacional dos Estabelecimentos de Serviços de Saúde), representante dos hospitais particulares e beneficentes do país, defende a inclusão da saúde entre as prioridades orçamentárias da União em 1994, previstas na medida provisória 422. O Orçamento prevê redução de 26% nos gastos do Ministério da Saúde e de 33% nos repasses à rede hospitalar conveniada ao SUS.
A Fenaess reivindica ainda a votação imediata do Fundo Social de Emergência, que custeará 50,5% dos gastos com saúde previstos no Orçamento deste ano. "Embora não priorize a saúde, o Orçamento de 94 garante o pagamento de bolsas de estudo no exterior e benefícios ao servidor público, inclusive assistência médica e odontológica", afirma Chafic Farhat, presidente da Fenaess.

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