São Paulo, sexta-feira, 4 de fevereiro de 1994
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Saltar fase pode incluir choque

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
DA REPORTAGEM LOCAL

Um choque imediato na economia é a terceira opção da equipe, saltando-se a fase intermediária, em que a URV é indexador antes de ser transformada em moeda. O governo cria a nova moeda, extingue o cruzeiro e baixa as regras de conversão obrigatória.
A tablita aqui é necessária para organizar a passagem de compromissos futuros em cruzeiros, que embutem previsão de inflação, para pagamento numa moeda que se pretende estável. Seria uma reedição do Cruzado, com congelamento. Os problemas são os esperados: contestação jurídica contra congelamento e tablita. E contestação política a um ministro que prometeu não fazer tablitas.
A quarta opção é de difícil administração. Seria a criação da URV como moeda paralela e de uso limitado. Por exemplo, para poupança, alguns títulos do governo, certas operações financeiras, ampliando o alcance progressivamente. Manobra complicada, sendo duvidosa a legalidade da convivência de duas moedas.
Economistas ouvidos pela Folha manifestaram as mais contraditórias opiniões. Uns consideram "loucura" ir direto para a nova moeda, sem URV. Outros acham que é "loucura" tentar operar um indexador diário. FHC está ouvindo de tudo. (CAS)

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