São Paulo, terça-feira, 8 de fevereiro de 1994
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Lima Netto articula candidatura

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Roberto Procópio Lima Netto, articula o lançamento de sua candidatura ao governo do Estado do Rio pelo PFL. Lima Netto é estimulado pelo presidente nacional do partido, Jorge Bornhausen, mas encontra resistência porque parte do PFL prefere uma aliança com o ex-prefeito do Rio Marcello Alencar (PSDB), que lidera as pesquisas de intenção de voto.
O PFL vem de fracos desempenhos eleitorais no Estado do Rio e Lima Netto seria uma opção liberal à política de centro de Marcello Alencar e ao brizolismo, ainda sem candidato definido. O presidente da CSN, que nunca fez parte formalmente de partido político, se filiou no final do mês passado ao PFL mas não dá como certa sua candidatura."Ainda estou em cima do muro. Temos muita conversa pela frente", afirma. Lima Netto diz que, se for candidato, dará prioridade ao combate à violência e à criação de empregos.
Lima Netto afirma desconhecer qualquer tentiva de tirá-lo da presidência da CSN e em troca dar-lhe a legenda do PFL para disputar o governo do Estado. "Não há nenhum movimento para me tirar, mas não teria sentido eu sair da empresa se não fosse para enfrentar um desafio grande. Mas só saio se encontrarmos uma solução adequada de substituição."
Lima Netto começou a se destacar quando foi indicado em 90, pelo então presidente Fernando Collor, para sanear financeiramente a CSN para que fosse privatizada. Saiu da siderúgica depois da posse de Itamar Franco na Presidência e então comandou a formação de um grupo de empresas que comprou a CSN em leilão.

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