São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 1994 |
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Ministros avaliam hoje conversão do mínimo
VIVALDO DE SOUSA
O assunto será discutido pelos três ministros em almoço no Ministério da Fazenda. FHC e Cutolo querem negociar com Barelli uma proposta de governo para ser enviada ao Congresso Nacional, onde terá de ser negociada com os parlamentares. Barelli quer um mínimo próximo de US$ 100 na conversão e os outros dois ministros querem negociar em no máximo US$ 70. A minuta de medida provisória com as regras de conversão do mínimo e dos salários do setor privado já está pronta, mas conta com alguns espaços em brancos para serem preenchidos quando houver uma posição de governo. É o caso, por exemplo, do dia de corte para se calcular a média e do perído para cálculo da média: os últimos 4 ou 12 meses. A proposta dos assessores da Fazenda e da Previdência Social é que seja adotada como data referência para conversão do mínimo o penúltimo dia útil do mês no período de quatro meses. O secretário do Tesouro Nacional, Murilo Portugal, chegou a propor uma fórmula de conversão que resultava num mínimo de US 55, considerado baixo pelos outros assessores encarregados de discutir a conversão dos salários. Barelli cancelou ontem uma viagem que faria na próxima semana à Tailândia e determinou a seus principais assessores para permanecerem em Brasília no final de semana. Ele pretende discutir detalhes da segunda fase do plano econômico e analisar as propostas que vai receber hoje para conversão do mínimo e dos salários do setor privado para URV. Ele pretende entregar hoje a FHC e Cutolo estudos feitos por sua assessoria com cálculo de como ficaria o salário convertido pela média em diferentes datas. Se a conversão fosse com base no valor do primeiro dia útil do mês em 1993, o mínimo seria de US 85,80. A média semanal no mesmo período resultou em US 67,79 e a média quadrimestral em US 66,55. Barelli quer ainda que a conversão do mínimo leve em conta crescimento de 18% na produtividade industrial no ano passado. Na última terçça-feira, Barelli disse à Folha que a conversão de salários deve levar em conta também o resíduo inflacionário. Ele quer ainda que a conversão de preços e salários seja discutida nas câmaras setoriais. Texto Anterior: STF exige que revisão tenha dia para acabar Próximo Texto: Juro será arma contra abusos Índice |
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