São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 1994 |
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Temer e Barros Munhoz disputam candidatura do PMDB em SP
KENNEDY ALENCAR
Em campanha aberta no partido, Barros Munhoz, ex-secretário da Agricultura de Fleury, luta pelo apoio do ex-governador Orestes Quércia. Temer espera ser o candidato de consenso do partido, convocado por Quércia e o governador Luiz Antônio Fleury Filho. Cabe a Fleury, segundo acordo com Quércia, coordenar a indicação do candidato do PMDB ao governo. A disputa no PMDB se intensificou desde que Quércia lançou sua candidatura à Presidência na semana passada. Barros Munhoz tem viajado por todo o Estado e quer criar um fato consumado com sua candidatura, conseguindo o apoio de prefeitos e diretórios do PMDB. Ele disse que tem o "apoio de 80% dos prefeitos do partido" (50% das Prefeituras no Estado são do PMDB). Defensores da candidatura de Michel Temer e peemedebistas ligados a Quércia acham difícil Barros Munhoz conseguir a indicação porque ele não tem história no PMDB (está no partido há menos de um ano) e porque, de fato, a base do partido obedeceria à escolha do ex-governador. Barros Munhoz afirmou que disputará a indicação em convenção do PMDB, caso não haja consenso em torno de seu nome. Segundo assessores de Fleury, o governador já teria demonstrado mais entusiasmo pelo nome de Barros Munhoz e, agora, estaria cogitando apoiar Temer. O secretário, porém, não tem feito articulações para deslanchar sua candidatura. Temer afirma que "nunca disse ser candidato", mas está aberto a "novos fatos e conjunturas". Os defensores da candidatura de Temer acreditam que ele pode unir o partido, por ser um peemedebista antigo e com trânsito no quercismo e em outras correntes da legenda. Texto Anterior: Zezé tem prisão decretada por ser suspeito de outro homicídio Próximo Texto: 'Estou aberto a conjunturas' Índice |
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