São Paulo, sexta-feira, 11 de fevereiro de 1994
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Procuradoria denuncia IBF

CLÁUDIA TREVISAN
DA REPORTAGEM LOCAL

A Procuradoria da República em São Paulo denunciou o empresário Hamilton Lucas de Oliveira, proprietário do grupo IBF (Indústria Brasileira de Formulários), sob acusação de sonegar US$ 14,1 milhões (CR$ 7,3 bilhões). A procuradora Lúcia Helena de Ávila Feijó acusa o empresário de utilizar artifícios contábeis para reduzir o lucro tributável e o valor dos impostos devidos.
A denúncia se atém aos exercícios de 90 (ano-base 89) e 91 (ano-base 90). A sonegação, segundo a procuradoria, refere-se ao IR da Pessoa Jurídica, Contribuição Social e Imposto Sobre o Lucro Líquido. O valor sonegado corresponderia a 24.844.481,17 ufir.
A assessoria de imprensa do grupo IBF, informou que "não existe nenhum crime de sonegação fiscal." De acordo com a empresa, sua contabilidade não apresenta diferença "de origem tributária". A assessoria diz ainda que o advogado do grupo, José Rena, conseguiu suspender na Justiça os autos de infração da Receita Federal.
Na denúncia, em 89 e 90, o grupo registrou despesas não comprovadas ou que deveriam ser contabilizadas como lucro. O objetivo seria a redução da base de cálculo dos impostos.
A denúncia é a acusação formal da procuradoria, baseada em fatos e documentos obtidos em inquérito feito pela Polícia Federal. Se aceita pela Justiça, a denúncia inicia o processo criminal contra o acusado.

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