São Paulo, sexta-feira, 18 de fevereiro de 1994
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Volvo e Renault anunciam "divórcio"

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A montadora estatal francesa Renault e a Volvo, maior indústria da Suécia, concordaram ontem em terminar com a aliança estratégica que mantinham há três anos. O acordo de cooperação perdeu a sentido depois do fracasso, em dezembro passado, do projeto de fusão das duas montadoras, que estava marcada para janeiro último.
O fim da aliança significa que a Renault, "deixada no altar" quando um golpe da direção da Volvo acabou com a fusão longamente planejada, está pronta para a privatização, que o governo francês deve fazer neste segundo semestre.
"É um divórcio entre pessoas educadas. Cada um volta ao que é seu, polidamente, sistematicamente, para recuperar sua liberdade", disse o ministro da Indústria da França, Gérard Longuet, que havia assinado o pacto de fusão em setembro passado. De seu lado, Soren Gyll, atual presidente da Volvo e líder da revolta contra a fusão que levou à renúncia seu antecessor Pehr Gyllenhammar, disse: "Agora estamos livres para planejarmos nosso próprio futuro".
O acordo de ontem dissolve um pacto de troca de ações assinado em 1990, pelo qual as duas empresas mantinham controle cruzado de parcelas significativas das suas subsidiárias. A Renault e a Volvo devem, contudo, continuar mantendo por enquanto pequenas porcentagens de ações de cada empresa.
A Renault disse que as companhias vão continuar intercambiando motores, mas outros acordos de cooperação serão examinados. No primeiro estágio do divórcio, a Renault trocará seus 25% na Volvo Car Corporation pelos 45% da Volvo na divisão de caminhões e ônibus da Renault.

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