São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 1994 |
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Limpando a casa A partir da Revolução de 30, Getúlio Vargas passou a nomear dezenas de interventores para administrar os Estados e os principais municípios. Foi feliz em várias escolhas. Juscelino Kubitschek, por exemplo, foi interventor em Belo Horizonte e conquistou a afeição dos governados. Mas também houve interventores sem preparo político, que acabaram cultivando mais inimigos do que aliados. Um deles era o general Pinto Aleixo, que governou a Bahia no biênio 1941/42. Seus adversários gostavam de insinuar que ele era dado à apropriação de bens do patrimônio público. Um dia, Vargas convidou Aleixo a desocupar o Palácio do Governo. O interventor se preparou então para retornar ao Rio e despachou para o porto volumes enormes. A oposição alardeou que seguiam ali móveis do palácio e um lustre centenário, do mais fino cristal. No dia em que Aleixo finalmente embarcou, um funcionário do palácio achou por bem avisar o Catete. Pisando na gramática para não perder o trocadilho, despachou um telegrama: – Segue general e lustre. Próximo Texto: Congresso gasta CR$ 46 mi com parlamentares ausentes Índice |
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