São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 1994 |
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Produção do país cresce 4,96% e é a maior desde 80
FRANCISCO SANTOS
Isso não impediu que de 81 a 93 a população brasileira, que cresceu 28,2% no período, tenha ficado 3,7% mais pobre, no conceito da divisão do PIB per capita. O chefe da equipe do PIB do IBGE, Almir Parente Cronemberg, disse que as principais causas do crescimento de 93 foram o aumento da renda real média de 10% e uma "razoável estabilidade no emprego", com crescimento de 1,4% no ano. O crescimento do PIB em 93 foi o maior desde 1986, quando a taxa foi de 7,55%. Desde 1989, quando cresceu 3,22%, a economia do país não registrava um crescimento superior à média anual de 1,93% de crescimento populacional. Em 1990 o PIB foi menos 4,26%; em 91, foi 1,08%; e em 92 houve uma queda de 0,83%, segundo o IBGE. O crescimento de 93 foi liderado pela produção industrial, que cresceu 9,03% no conceito das contas nacionais -que inclui a construção e os serviços industriais de utilidade pública. No conceito mais restrito da pesquisa industrial, o crescimento foi de 9,6%. O destaque negativo foi a agropecuária, com queda de 1,94%. O setor de serviços cresceu 3,53%. A indústria de transformação, com crescimento de 10,1%, respondeu com mais de 50% do crescimento do PIB de 93. Esse desempenho teve como principal motivo um aumento de 41% na produção de bens de consumo duráveis, com destaque para automóveis e eletrodomésticos. As quebras das safras de cana-de-açúcar, trigo, milho e feijão foram, segundo o IBGE, as maiores responsáveis pelo desempenho negativo da agropecuária em um ano em que a safra de grãos foi 2,3% maior que a do ano anterior. Texto Anterior: Conflito em Alagoas mata duas pessoas Próximo Texto: População maior derruba renda Índice |
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