São Paulo, sábado, 19 de fevereiro de 1994 |
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Secretaria confirma 4 casos de leptospirose
PAULO FERRAZ
"Não há motivo para alarmismo", disse ontem o médico. Segundo ele, a situação está sob controle e os casos que estão surgindo estão dentro da normalidade. Ele aconselha uma série de precauções, principalmente se ocorrer uma nova inundação na região (veja quadro ao lado). Os quatro casos confirmados da doença foram encaminhados ao isolamento do Hospital Emílio Ribas, na zona oeste de São Paulo. Até as 20h de ontem, os pacientes continuavam internados e não corriam risco de vida. A leptospirose é uma doença transmitida através da urina de roedores (particularmente ratos), pode matar e tem maior incidência em regiões onde ocorrem enchentes e alagamentos. O tempo médio de incubação da doença, segundo o médico, é de 15 dias. Para o fim-de-semana e os próximos dias, a Secretaria Municipal de Saúde prevê a ocorrência de novos casos, uma vez que esse período médio de incubação vence na segunda-feira. Bressan, baseado nas estatísticas feitas pelo CCZ, relaciona diretamente o número de casos de leptospirose ao volume de chuva registrado. Em 1991, segundo o médico, a cidade de São Paulo registrou o maior volume de chuvas dos últimos cinco anos. Naquele ano, a secretaria enfrentou um surto de leptospirose, com 554 casos da doença. Este ano, até o último dia 11, a secretaria havia registrado 13 casos da doença em todo o município. No ano passado, foram 147 casos e, em 1992, foram registrados 181 casos. Segundo Bressan, as duas principais regiões de risco de ocorrência da leptospirose em São Paulo são os bairros às margens do córrego Aricanduva, na zona leste, e às margens do córrego Cabuçu do Alto, na zona norte. No último surto de leptospirose registrado em São Paulo, em 1991, dos 554 registrados, 186 foram na zona norte, atingida por uma série de inundações. Texto Anterior: Saque de FGTS irrita leitora Próximo Texto: Rato passa a doença Índice |
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