São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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Inovações urbanas incluem facilidades para deficientes

Rua de Curitiba terá piso antiderrapante para cegos

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA

Conhecida por seus projetos urbanos, Curitiba tem uma tradição em inovações para facilitar o cotidiano de deficientes. Nas 200 estações de ônibus com formato de tubo, por exemplo, existem pisos que funcionam como elevadores para a entrada de deficientes físicos. Cada ônibus tem um local para se colocar as cadeiras de roda e a tarifa é gratuita.
Desde o ano passado, estão sendo testados pisos especiais para se construir uma trilha para deficientes visuais. O caminho de um quilômetro no calçadão da Rua XV de Novembro, a principal da cidade, será de lajota antiderrapante por escolha dos cegos.
Dois equipamentos já implantados na cidade serão usados junto às trilhas: nas esquinas, uma gravação irá informar se o sinal está aberto ou fechado. Nos postes, placas em braille mostram a localização e um mapa da região. Atualmente, o anúncio sobre o tráfego é feito com um sinal sonoro e as placas em braille só indicam os nomes das ruas.
Segundo a Prefeitura, 130 mil moradores sofrem de algum tipo de deficiência. Na rede de ensino, 1.800 crianças com vários tipos de deficiência mental têm classes em 38 escolas especiais conveniadas. Outras 1.200 matriculadas na rede regular têm aulas extras diárias. "O portador de deficiência só se integra se tiver condições de locomoção, estudo e de cidadania", disse a secretária municipal de Educação, Liete da Rocha Blume.
Proposta da Secretaria de Educação e do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano pretende obrigar os edifícios de órgãos públicos a implantar até 1996 banheiros e portas adaptadas para deficientes físicos. Os alvarás de edificação só seriam liberados sob esta condição. O decreto deve ser assinado no mês que vem pelo prefeito Rafael Greca. A Prefeitura estuda ainda um projeto de incentivo aos projetos habitacionais que incluam facilidades para deficientes. O Sindicato da Construção Civil do Paraná propôs que, em troca do acesso facilitado, seja permitida a construção de um andar a mais por zona residencial

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