São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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Locação enfrenta inadimplência

As empresas que trabalham com a locação de linhas telefônicas passaram a conviver, a partir de 93, com um elemento de risco relativamente raro até então neste mercado: a inadimplência.
Tanto que algumas delas passaram a aumentar as exigências para quem deseja locar uma linha, incluindo, além dos elementos cadastrais normais do locador, a necessidade de um fiador que possua imóvel. Outra prática do mercado é exigir que o locatário assine uma promissória correpondente ao valor de venda da linha. Mas depois de dado o calote, normalmente não se encontra mais o mau pagador e o prejuízo torna-se praticamente irrecuperável.
O fato é um alerta para os proprietários de linhas que ainda resistem a deixar a locação para empresa especializada, que tem a grande vantagem de garantir o pagamento do aluguel e da conta.
Do locador, essas empresas cobram de 50% a 100% do valor de um aluguel na hora do contrato e de 15% a 20% da locação mensalmente. O comum é os contratos terem duração de seis meses e serem corrigidos mensalmente pelo IGP-M ou TR.
O primeiro aluguel é fixado com base no valor de venda da linha no mercado livre. Segundo pesquisa do Datafolha em 8 de fevereiro, um aluguel está entre 1,4% e 1,7% do preço da linha. O aluguel de um telefone na Lapa, onde uma linha tinha preço médio de CR$ 1.739.000, custava CR$ 28.300.
Esta fórmula de fixar o preço às vezes garante surpresas. Se o preço de mercado não tiver a mesma aceleração dos índices utilizados para correção, o aluguel pode baixar na hora de renovar o contrato.
Especialistas no mercado aconselham que os proprietários só aluguem uma linha se o interessado for pessoa conhecida. Se não, procure uma empresa de locação. Mas cuidado com as novas. A dica é pedir uma relação de dez ou 12 clientes e checar se ela cumpre os compromissos.

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