São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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Delfim não vê efeito inflacionário

DA REPORTAGEM LOCAL E DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Antonio Delfim Netto (PPR-SP) disse não acreditar que a conversão dos salários do setor privado à URV (Unidade Real de Valor) a partir de seu valor nominal tenha reflexos inflacionários.
"É melhor deixar que a conversão dos salários privados seja feita por livre negociação", afirmou. "Quem recebe salários no setor privado vai considerar a conversão pela média como o produto de um roubo", disse.
Para Delfim Netto, o ministro FHC está, na verdade, cumprindo o que prometeu ao reafirmar, como disse ontem em Brasília, que não vai mexer "no bolso das pessoas".
Segundo Delfim Netto, o que ministro FHC precisa resolver é o problema do salário mínimo. "O Barelli (ministro do Trabalho, Walter Barelli) dizia, quando não era do governo, que o salário mínimo devia ser de US$ 250 e agora ele paga US$ 64 e diz que está tudo bem".
Na discussão das regras para a URV se reuniram ontem com o ministro, em Brasília, os seguintes assessores: Pedro Malan, presidente do BC; Clóvis Carvalho, secretário-executivo da Fazenda; Milton Dallari, assessor especial para preços; Pérsio Arida, presidente do BNDES; Gustavo Franco, diretor do BC; Winston Fritsch, seretário de Política Econômica; Gesner Oliveira, coordenador da secretaria de Política Econômica; e Edmar Bacha, assessor especial.

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