São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Livro descreve toda a trajetória de Didi
RUY CASTRO
Não se veja nisso uma restrição. O autor não pôde ou não quis ir mais longe, só isso. Dentro desses limites, produziu um livro simpático, que conta um pouco do gigante que foi Didi e do quanto lhe devemos. Tanto quanto Garrincha e, sem dúvida, antes de Pelé, Didi foi responsável pelo fim daquilo que Nelson Rodrigues chamou, em "A Sombra das Chuteiras Imortais", de "o complexo de vira-latas do homem brasileiro". Se considerarmos a conquista da Copa da Suécia como um marco no fim desse complexo, o gol de "folha-seca" de Didi no jogo Brasil x Peru, no dia 13 de abril de 1957 no Maracanã, classificando o Brasil para a Copa, foi, literalmente, o pontapé inicial desse processo. E não parou aí. Outro gol seu, desempatando o jogo contra a França no dia 24 de junho de 1958 e abrindo o caminho para a goleada, na semifinal da Copa, foi decisivo para a afirmação do escrete. E a atitude adulta na final, ao ir buscar a bola no fundo das redes brasileiras depois do surpreendente gol dos suecos e dizendo "Vamos encher esses gringos de gols", levantou o moral do time e o tornou vencedor. Comando total Tudo isso em meio a uma saraivada de passes de curva, dribles desmoralizantes e comando total sobre o resto da equipe –em praticamente todas as equipes pelas quais passou. Péris Ribeiro descreve essa trajetória com uma naturalidade de repórter e apresenta uma entrevista recente com Didi, em que ele analisa a situação do futebol brasileiro em outubro do ano passado. Didi está otimista. Didi, o Gênio da Folha-seca Livro de Péres Ribeiro, Editora Imago, 170 páginas Texto Anterior: São Paulo vai à Argentina para ganhar US$ 120 mil Próximo Texto: Boa fase da Lazio é ameaça ao Milan Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |