São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 1994
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Serviço requer organização e pontualidade

ROBERTA JOVCHELEVICH
FREE-LANCE PARA A FOLHA

Atividade consagrada nos Estados Unidos e Europa, a entrega em casa de ingressos para shows, peças de teatro, eventos esportivos e culturais, entre outros, desponta como nova oportunidade de negócio no Brasil. Com uma linha telefônica, de preferência com pelo menos dois ramais, é possível começar no ramo.
O investimento vai variar de acordo com a infra-estrutura (funcionários, carro ou moto para a entrega). Um computador com impressora e um aparelho de fac símile –para se comunicar com as bilheterias, pois os ingressos não comercializados pelas empresas devem ser devolvidos em tempo hábil para que possam ser vendidos ao público– têm grande utilidade na rotina da empresa.
A comercialização de ingressos é possível através de um acerto com as produções de cada espetáculo. Elas repassam uma cota de ingressos à empresa, que vai funcionar como canal paralelo de venda. O lucro do negócio sai da taxa cobrada pela entrega.
Em alguns casos, as produções dão desconto às empresas no preço do ingresso. Dificilmente alguma empresa consegue exclusividade: os organizadores preferem distribuir os ingressos em diferentes pontos de venda.
Na hora de iniciar o serviço é necessário delimitar uma área a ser atendida. Caso contrário, dizem empresários do setor, o custo operacional (combustível e tempo) acaba sendo muito alto, e o preço final da taxa acaba inviabilizando o negócio.
Estipular um número mínimo de ingressos para fazer a entrega é outro ponto importante -o limite máximo vai ser dado pela cota disponível. As empresas do ramo fazem as entregas a partir do pedido de pelo menos dois ingressos.
Pontualidade e infra-estrutura de entrega, bom atendimento e uma taxa que ofereça uma boa relação custo-benefício são algumas das regras exigidas para que o negócio deslanche.
Segundo Anselmo Tomé, 40, sócio da Tele-Ingressos Statione, a venda de ingressos com entrega em casa responde por 50% do faturamento da empresa, que atua também no setor de administração de estacionamentos e de serviços de entregas rápidas para pessoas jurídicas. A Tele-Ingressos cobra, atualmente, uma taxa de CR$ 850 por ingresso. "Esse valor nos permite atender tanto regiões próximas quanto as mais distantes", afirma Tomé, que atende praticamente toda a região da Grande São Paulo.
A Fun by Phone começou comercializando ingressos de espetáculos internacionais. Desde o ano passado, a empresa passou a trabalhar também com a entrega em casa de ingressos para eventos nacionais. A taxa cobrada varia de acordo com o preço da entrada.
Segundo Rosaly Papadopol, 37, gerente comercial da Fun by Phone, o mercado está em pleno crescimento.

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