São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 1994
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Produção caseira amplia o comércio

Famílias complementam orçamento

ADELSON BARBOSA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO BENTO

Assis Andrade Vieira, 20, produz redes em casa e comercializa sua produção na feira das segundas-feiras. Ele compra tecidos de várias cores numa loja e noutra, os punhos (cordas que seguram as redes aos ganchos) e varandas (franjas nas laterais da rede). No final da semana, Vieira e sua mulher têm prontas 35 redes. São 150 por mês. Ele afirma que seu rendimento líquido mensal é de dois salários mínimos (cerca de CR$ 80 mil).
Maria das Graças Silva, 31, faz redes em casa para ajudar no orçamento doméstico. Enquanto seu marido trabalha na roça, cultivando feijão, arroz, milho e algodão, ela faz redes e leva para vender na feira, para comprar carne e outros produtos destinados à alimentação do casal e dos dois filhos.
José Nobre dos Santos, 47, vive de redes há 20 anos. Ele fabrica os tecidos das redes numa indústria de 15 teares que mantém em São Bento. Os tecidos são vendidos em sua loja, em frente à feira da rede. Seus 15 funcionários fabricam mensalmente 4.000 panos de rede. Ele vende cada pano por CR$ 3.000 em média.
Geni Maria da Silva, 60, é dona de uma das maiores fábricas de redes da cidade. Sua empresa tem 25 teares e emprega 25 funcionários. A fábrica produz os panos, varandas e punhos. As 6.000 redes produzidas mensalmente passam oito dias nas mãos de mulheres e crianças na periferia, zona rural e municípios vizinhos. (AB)

Texto Anterior: Pele artificial recupera epiderme e é exportada
Próximo Texto: Itamar intervém na área salarial
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.