São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994
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Polícia não encontra acusado

DA SUCURSAL DO RIO

O argentino Cesar de La Cruz Mendonza Arrieta, 43, é apontado nas investigações das fraudes contra a Previdência como o "capo" do esquema de corrupção. Seria ele o articulador de acordos irregulares de parcelamento e zeragem de dívidas de empresas com a Previdência Social. A CPI está tentando ouvi-lo, mas a polícia do Rio diz não conseguir encontrá-lo.
A escalada de Arrieta no Brasil teria começado com um ferro-velho em Duque de Caxias (Baixada), há 14 anos. Em 91, a Polícia Federal do Rio abriu inquérito para apurar suas remessas ilegais de divisas para o exterior. No mesmo processo, está envolvido o advogado Ilson Escóssia da Veiga.
Segundo informações da CPI, Arrieta estaria à frente da máfia da Previdência desde os anos 80. Em 16 de dezembro de 93, os parlamentares da comissão decretaram sua prisão, mas seus advogados conseguiram um salvo conduto no Supremo através de liminar.
Em declarações de renda obtidas pela CPI, Arrieta informava ser proprietário de cinco empresas. Nada dizia sobre um avião Chalenger de 12 lugares, do qual seria dono. Na vistoria em seu escritório, foi encontrada uma placa: "Os vencedores sempre arriscam tudo".

Colaborou a Sucursal de Brasília.

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