São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994
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Problemas típicos de textos diminuem

LUÍS PEREZ
DA REPORTAGEM LOCAL

O estudo da professora Maria Thereza Fraga Rocco foi iniciado há 16 anos, com 5% das redações da Fuvest analisadas segundo critérios definidos durante um ano e meio –foram cerca de 3.000 textos analisados. A escolha foi aleatória. O trabalho, cuja primeira fase foi uma tese de mestrado, indica que a incidência dos principais problemas em textos diminuiu sensivelmente.
Em compensação, textos sem os problemas analisados pela professora tiveram um aumento de 11% para 40%. O motivo principal, diz Maria Thereza, é que colégios e cursinhos voltaram-se para a questão da redação justamente a partir da época da primeira análise. É bom lembrar que o vestibular da Fuvest existe desde 1977 –portanto 78 era só a segunda vez que os candidatos à USP tinham contato com a prova de redação.
Mas, segundo a professora, a análise das redações da Fuvest não é o único indicador de como os jovens escrevem. Para saber se a língua portuguesa tem sido bem tratada, é necessário que se analise outras fontes –bilhetes, cartas e agendas, por exemplo. "São coisas que tenho muita vontade de estudar também", afirma. "Já aliciei minha filha, no bom sentido, a deixar estudar sua agenda", brinca. "Mas a redação escolar é um produto artificial. É importante que se tenha também liberdade de redigir um texto coloquial."

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