São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994 |
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Jovem de hoje escreve melhor do que há 16 anos
LUÍS PEREZ
Segundo a professora, que também coordena cursos de corretores da Fuvest, os textos produzidos por adolescentes que hoje estão prestes a concluir o segundo grau não são propriamente "bons". Mas, sem dúvida, estão muito melhores." Carolina Fraga Rocco, 20, filha de Maria Thereza, diz que o aprendizado escolar influi na forma que o adolescente escreve. "Acho que um dos maiores problemas é o excesso de frases feitas. Ninguém se solta na hora de escrever", afirma. Ela se diz surpresa com o estudo da mãe (leia texto abaixo), que mostra progresso nas redações de vestibular. "Mas para analisar textos de adolescentes não basta pesquisar redações de vestibular." "Acho muito relativo dizer que os adolescentes escrevem melhor ou pior. Ao mesmo tempo em que existe uma leva de alienados, muitos se interessam por informações.Quem presta Fuvest é uma elite", diz Camila Cavalcanti Varella Guimarães, 19, que aos 16 escreveu um romance medieval (ambientado na Idade Média), motivada pelo professor de redação do colégio. "Ele tinha uma proposta diferente de elaborar textos conectados. A gente escrevia um livro em capítulos. Depois sentávamos em grupo e cada um citava seu trecho", diz. "Era interessante, parecia uma novela." Alexandra Strommer de Farias, 17, primeira colocada no vestibular da FGV, concorda que a qualidade dos textos melhorou. "Estamos mais integrados, com maior acesso a informações. Aparecem erros absurdos de lógica e ortografia, mas um bom texto precisa estar certo, ser interessante e rico em argumentos." Texto Anterior: Por que os sapos e rãs estão desaparecendo? Índice |
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