São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994
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Ieltsin chama anistia de blasfêmia

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um porta-voz do presidente da Rússia, Boris Ieltsin, classificou de "ato blasfemo" a libertação dos opositores do presidente que lideraram a insurreição do Parlamento contra Ieltsin em outubro de 1993. Assessores graduados do presidente descartaram, porém, a possibilidade de revogar a anistia.
"As pessoas que estiveram dispostas a lançar a Rússia em sangrenta espiral de guerra civil foram libertadas sem julgamento", afirmou o porta-voz Viacheslav Kostikov em comunicado. "Os deputados abusaram da confiança do povo e tomaram o lado dos inimigos do Estado", dizia o comunicado emitido pela agência noticiosa oficial "Itar-Tass". Mas o conselheiro de Segurança Nacional Iuri Baturin disse que a revogação da anistia é "extremamente improvável. Não há como fazê-lo".
Essa afirmação foi feita depois que o maior adversário do presidente russo, o ex-presidente do Parlamento Ruslan Khasbulatov, disse que abandonaria a política. Khasbulatov declarou "sentir mal-estar com os políticos modernos". Segundo a agência "Interfax", ele planejava viajar à sua região natal, a Tchetcheno-Inguchétia, que se declarou independente da Rússia.
Já o veterano da Guerra do Afeganistão e ex-vice-presidente do país Alexander Rutskoi deve concorrer nas próximas eleições presidenciais. "Ele nunca disse que desistiu da idéia", afirmou seu assessor Andrei Fiodorov.

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