São Paulo, segunda-feira, 28 de fevereiro de 1994
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'Lisboa 94' começa com orquestra sinfônica, exposição e discursos

DANIEL PIZA
ENVIADO ESPECIAL A LISBOA

"Lisboa 94", nome genérico que se deu ao ano em que a capital portuguesa é também capital cultural da Europa, começou com animação e alguns problemas. A abertura oficial no Centro Cultural de Belém, anteontem, com presença do presidente Mário Soares, foi uma dor de cabeça para os jornalistas do resto da Europa: a cerimônia foi toda falada em português, sem tradução simultânea. Discursaram o coordenador geral dos eventos, Vitor Constancio, o prefeito de Lisboa, Jorge Sampaio, o comissário para relações européias, João de Deus Pinheiro, e o secretário estadual da Cultura, Pedro Santana Lopes. Os discursos tinham duas ênfases: reafirmar Portugal como um país europeu e Lisboa como cidade de crescente vida cultural.
O evento seguinte foi a abertura da exposição "Lisboa Subterrânea" no Mosteiro de São Jerônimo, com artefatos de diversos sítios lisboetas que remontam até o período paleolítico. À noite, sob regência do maestro húngaro Georg Solti, 82, a Orquestra Sinfônica proporcionou a abertura de gala de "Lisboa 94" no Coliseu dos Recreios. Em seguida, fogos de artifício tomaram conta do céu, e tráfegos imensos das ruas.
"Expo 98", que a capital portuguesa realizará, será a última feira mundial do século e do milênio (a anterior foi em Sevilha, em 92). Alguns eventos já estão sendo arranjados, como a estréia da ópera "O Corvo Branco" de Philip Glass. A imprensa portuguesa divulgou a possível vinda do escritor Salman Rushdie, para um colóquio de escritores do "Lisboa 94".

O jornalista DANIEL PIZA viaja a convite do ICEP (Investimentos, Comércio e Turismo de Portugal)

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