São Paulo, sábado, 5 de março de 1994 |
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Bicheiro é assassinado com 5 tiros em SP
MARCELO GODOY
Ele havia estacionado seu Versailles Royalle em frente à lanchonete e descido para tomar um lanche. Nesse momento, um homem entrou no local e, sem dizer nada, sacou uma pistola calibre 380, atirou em Oliveira pelas costas e fugiu. O dono do bar, Manoel de Castro Cunha, 28, e o balconista José Possidônio Leite, 39, viram o crime, mas afirmaram que não podem reconhecer o assassino. O assassino não roubou nada. O bicheiro estava com US$ 3.200 e CR$ 175 mil em uma valise e seu carro não estava com a porta travada. "Essas circunstâncias são indícios de um acerto de contas", disse o delegado Ricardo Salvatori, 29, da Divisão de Homicídios. O jogo do bicho no bairro onde o crime aconteceu é dominado por Chico da Ronda. Oliveira respondeu durante sua vida a 85 inquéritos, 27 deles por estelionato. Segundo a polícia, ele foi preso pela primeira vez em 1959 e era especialista em falsificar assinaturas, duplicatas e escrituras. No início da década de 80, Oliveira se ligou ao jogo do bicho. Primeiro, trabalhou como recolhedor das apostas e há três anos teria ganho alguns pontos de jogo na zona norte. Casado e pai de três filhos, Oliveira morava em um prédio da avenida Paulista. Ele estava sendo procurado por ter sido condenado pela 16ª Vara Criminal em dezembro de 93 a nove meses de prisão por explorar o jogo do bicho. A Justiça já havia decretado sua prisão outras 15 vezes, mas ele sempre teve sucesso ao recorrer dessas decisões. Texto Anterior: Paraíba; Sergipe 1; 2; 3; Ceará 1; 2; Bahia 1; 2 Próximo Texto: Tipo de crime é raro na cidade Índice |
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