São Paulo, domingo, 6 de março de 1994
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Marcelinho passa dicas sobre Júnior Baiano

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

O Corinthians tem uma arma para tentar enfraquecer a defesa são-paulina. O meio-campo Marcelinho informou ao técnico Carlos Alberto Silva como explorar a presença de Júnior Baiano na zaga do São Paulo. "Conheço o Júnior há muito tempo. Aproveitei a viagem ao Japão e passei algumas informações", disse Marcelinho, que atuou cinco anos com o zagueiro no Flamengo.
O meio-campo do Corinthians, que é o responsável pela maioria dos cruzamentos da equipe, explicou como devem ser feitos os levantamentos para a área, com a presença de Júnior Baiano. "Ele é muito alto e se posiciona bem na área. É quase impossível ganhar dele no alto. Desta maneira, os cruzamentos precisam ser fortes e não muito altos, para que os atacantes consigam se antecipar."
Marcelinho, 22, afirmou que pretende alterar o seu estilo de jogar no transcorrer de sua carreira. Ele espera atuar fazendo lançamentos, como Gérson, Rivelino, Zenon e Dicá. "Até hoje sempre joguei sendo lançado. Mas sei que tenho condições de fazer lançamentos." Tentando utilizar mais esta sua virtude, o meio-campista disse já ter combinado com o atacante Rivaldo (que não joga hoje) algumas novas jogadas. "Vamos inverter mais o jogo. Enquanto cuido da inversão da direita, o Rivaldo faz o inverso."
Atleta de Cristo, Marcelinho admite que, às vezes, perde a cabeça durante os jogos. "Sou muito visado pelos zagueiros devido ao meu tamanho (1,68 m e 65kg). Tentam me intimidar com agressões físicas e verbais. Sei que muitas vezes me excedo, mas nunca inicio uma agressão. Os árbitros estão notando isso e por isso não fui expulso em nenhum lance", afirmou Marcelinho, que já recebeu cinco cartões amarelos no Paulista. (WBJr)

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