São Paulo, domingo, 6 de março de 1994 |
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Estabilidade da Peugeot 504 surpreende
GRACILIANO TONI
A 504 tem câmbio com engates leves e precisos –só a segunda arranha um pouco quando o carro está frio–, bons freios, baixo nível de ruído e ótima visibilidade. Seu motor diesel pega com facilidade, mesmo no frio, e funciona sem reclamar em qualquer faixa de rotação, com pouco barulho. Quando sua caçamba –comprida, rasa e sem proteção– está vazia, a picape fica desconfortável em piso ruim. As suspensões dianteiras absorvem bem mesmo choques com obstáculos maiores. A suspensão traseira, por eixo rígido, muito dura, provoca ruídos, vibração na cabine e trancos fortes. Outro problema para os ocupantes da Peugeot 504 está nas deficiências do projeto da cabine. A ergonomia –adaptação da máquina às necessidades de seu usuário– da picape é ruim. Todos os comandos ficam distantes; a maioria é pesada; botões, alavancas e manivelas são duros, com acionamento difícil. Para evitar o uso de assistência hidráulica na direção, a picape tem volante grande. Isso acaba prejudicando o espaço para as pernas do motorista –que tem também banco mais baixo que o dos passageiros, em posição desconfortável. A mesma deficiência de projeto prejudica o aproveitamento de espaço na cabine. O banco da direita é fixo e o da esquerda deixa pouco lugar para bagagem que precise ser transportada protegida. O espaço que falta no interior sobra na caçamba. A 504 leva com folga motos, jet skis e qualquer tipo de carga grande e pesada, sem sofrer muito com o peso extra. A falta de proteção no piso provoca arranhões frequentes, que podem facilitar o surgimento de ferrugem na chapa. Texto Anterior: URV paralisa mercado de carros novos Próximo Texto: Saiba como cuidar do carro após enchente Índice |
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