São Paulo, segunda-feira, 7 de março de 1994
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Banco do Brasil abre linha de crédito para o setor de franquias

MÔNICA IZAGUIRRE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Banco do Brasil está abrindo ao setor de franquias as suas mais baratas linhas de crédito. Desde que tenha firmado convênio com o franqueador, o banco financia até 80% do investimento do franqueado, a juros que podem ficar em torno de 12% ao ano, além da correção monetária.
Inicialmente, estão sendo colocados à disposição do setor US$ 70 milhões, informa a assessoria da presidência do BB em Brasília. Como não se trata de uma linha de crédito específica –e sim de uma mistura de várias linhas já existentes– o Pacote Negocial de Apoio à Franquia dá às agências do BB flexibilidade para oferecer ao futuro franqueado condições mais adequadas ao seu ramo de negócio.
"Tudo é flexível", diz o superintendente do BB no Distrito Federal, Ricardo Vieira, referindo-se principalmente a prazos e percentual do investimento a ser financiado. Os juros também podem ser variados. Mas, conforme Ricardo Vieira, o Banco tem procurado oferecer aos franqueados linhas mais baratas como, por exemplo, o MIPEM Ouro (para micro e pequenas empresas) e os repasses do BNDES.
"O nosso objetivo é dar o empurrão inicial. Depois que o cliente anda sozinho, no caso de novos empréstimos, os juros passam a ser os de marcado", explica o superintendente do BB.
Na fase inicial, de implantação do negócio, o banco financia não só investimento, mas também o capital de giro a juros baixos. Para dar esses créditos de custeio, o banco usa recursos que também lhe saem mais baratos, como, por exemplo, os recursos do Pasep.
A exigência de um convênio prévio entre BB e o grupo franqueador visa dar ao banco garantias de que o franqueado terá o apoio que precisa para obter sucesso e pagar o empréstimo.
Três convênios já foram firmados e outros dois estão em andamento. Uma vez firmado, o convênio permite que o banco financie a instalação de franquias em qualquer parte do país. Os ramos para os quais o BB dá prioridade são os de alimentação, serviços automotivos, educação e treinamento, locação de automóveis e combustíveis.
A ordem de prioridades foi estabelecida de acordo com o potencial de geração de empregos. Quanto mais empregos gerar, mais chances o interessado tem de conseguir financiamento.

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