São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
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Para Itamar, Garcia é o vice ideal para FHC

SÔNIA MOSSRI
TALES FARIA

SÔNIA MOSSRI; TALES FARIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Para Itamar, Garcia é o vice ideal para FHC
O presidente Itamar Franco disse ao ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, que o governador de Minas Gerais, Hélio Garcia, é o candidato "ideal" a vice-presidente da República na aliança eleitoral a ser encabeçada pelo PSDB. FHC, por sua vez, já comunicou à cúpula do partido que também vê no petebista Hélio Garcia a solução para formar uma chapa integrada pelo PFL com menos resistências dentro do PSDB.
O ministro sondou inclusive o governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, sobre o assunto. ACM disse que não vê resistências dentro do PFL à idéia e nem acredita que seu partido se fixe em ter o candidato a vice da chapa com FHC. Na avaliação de ACM, se houver a aliança, o importante é que seu partido tenha assegurado o comando de alguns ministérios.
Também o líder do PSDB no Senado, Mário Covas, foi sondado pelo presidente do partido, Tasso Jereissati, sobre a escolha de Hélio Garcia como vice e respondeu que nada tinha a opor. Oficialmente a presença do PFL na chapa figuraria como uma adesão. "Não temos como proibir adesões, nem mesmo do PFL", disse Covas.
A chapa ideal de FHC uniria ao PSDB o PFL, o PTB, o PP e a parcela que ele chama de "ética" do PMDB, liderada pelos gaúchos Pedro Simon e Antônio Britto. O ministro avalia que, no caso de Quércia confirmar sua candidatura à Presidência, dissidentes peemedebistas em quase todos os estados apoiariam a candidatura tucana.
Com Hélio Garcia como vice, Itamar acredita concluída sua "costura eleitoral" em Minas Gerais. Boa parte de seu grupo político no estado já se filiou ao PTB e ao PP. O PSDB e o PFL de Minas estão praticamente fechando uma aliança local, e o PMDB é ligado a Hélio Garcia.
Segundo FHC, essa chapa teria condições não só de ganhar a eleição como de formar uma maioria "sólida" no Congresso capaz de dar sustentação a seu governo. Durante o período eleitoral –mas já quando FHC tiver deixado o ministério– a coligação serviria para dar sustentação à tramitação do plano econômico no Congresso.

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