São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
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Hingel quer reajuste pela média

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O ministro da Educação, Murílio Hingel, disse ontem em Belo Horizonte (MG) que o governo não irá cobrar mensalidade dos alunos das universidade federais do país. "Além de não apresentar vantagens evidentes, esse tipo de medida iria tumultuar ainda mais o processo educativo", disse. Hingel foi a Belo Horizonte para dar a aula inaugural da Pontifícia Universidade Católica.
Segundo Hingel, as prioridades no ensino superior são o acesso, a autonomia e avaliação da qualidade das universidades do país. O ministro também disse que as mensalidades escolares devem ter o mesmo tratamento dos demais preços.
Segundo o minisitro, os reajustes deverão tomar como base os preços praticados pelas escolas nos quatro meses anteriores à medida provisória que criou o novo indexador (novembro a fevereiro), como será feito com os valores dos salários. Essa é a proposta do Sindicato das Escolas Particulares do Estado de São Paulo. "Os pais e os alunos devem ficar vigilantes quando ocorrer a conversão pela URV para não ocorrer nenhuma impropriedade", alertou Hingel.
O ministro da Educação considerou "razoável" o orçamento de US$ 8 bilhões que foi fixado para o setor de ensino este ano. O montante corresponde, segundo ele, a 3,9% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro. "Temos que fazer um esforço para que o orçamento da Educação chegue a pelo menos 5% do PIB", disse o ministro.

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