São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
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Escolas querem conversão pelo pico

DA REPORTAGEM LOCAL

O encontro nacional da Federação Interestadual das Escolas Particulares (Fiep), encerrado ontem em Foz do Iguaçu (PR), não votou uma proposta definitiva para a conversão do preço das mensalidades escolares em URV mas, segundo o presidente da Fiep, Oswaldo Saenger, há um consenso entre as escolas para a conversão da média dos preços pagos em 1994. Saenger disse também que o Ministério da Fazenda seria favorável à proposta. A Folha procurou o assessor especial para preços do ministério, Milton Dallari, em Brasília, que não retornou a ligação até o fechamento desta edição (19h).
O Ministério da Fazenda está convocando uma reunião, que deve se realizar na próxima quarta-feira, para discutir com associações de escolas, pais e alunos uma fórmula consensual de reajuste. Na segunda-feira, a Associação Intermunicipal de Pais e Alunos (Aipa) de São Paulo tem uma reunião sobre preços com técnicos da Sunab. A associação quer um expurgo nos índices de reajustes de preços das mensalidades antes da conversão em URV. Segundo Mauro Bueno, presidente da Aipa, as mensalidades em São Paulo subiram, entre 1991 e 1994, até 121% acima da inflação.
A assessoria de imprensa do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo (Sieesp) informou ontem que o sindicato não vai seguir a orientação da Fiep. O Sieesp está orientando suas escolas a converterem em URV os preços médios pagos entre novembro de 93 e fevereiro deste ano.
O colégio Pequenópolis, que segue a orientação do Sieesp, aumentou seus preços 286.324% entre janeiro de 1991 e fevereiro de 1994, segundo estudo da Aipa realizado em colaboração com o Procon. A inflação no período, medida pela Fiep, foi de 249.654%.

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