São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
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O grande momento chega para Spielberg

DA REDAÇÃO

"A Lista de Schindler" já deu a Steven Spielberg o Globo de Ouro de melhor filme e direção, 12 indicações para o Oscar e a condição de grande favorito ao prêmio mais popular do cinema em todo o mundo.
A adaptação do romance de Thomas Keneally sobre o industrial Oskar Schindler (1908-1974) entrou nas cogitações de Spielberg desde sua publicação, em 1982. Keneally conta a história desse católico de origem alemã, nascido em Svitavy, atual República Tcheca. Membro do partido nazista, "bon vivant" e oportunista, faz fortuna na 2ª Guerra usando em sua fábrica de utensílios de metal o trabalho de operários judeus. Ao final da guerra, quando se intensifica a perseguição, gasta tudo que tem para evitar que seus operários sejam exterminados.
Os 11 anos que se seguiram, foram o tempo de amadurecer o projeto e tomar decisões como as de filmar na Cracóvia, Polônia, onde se deu a maior parte dos acontecimentos relatados, em preto-e-branco.
Se "A Lista de Schindler" confirmar o favoritismo, Spielberg terá rompido um longo encanto. Diretor e produtor mais popular de Hollywood desde os anos 70, até hoje não conseguiu ganhar o Oscar.
Chegando ao seu 15º longa para cinema, o cineasta nascido em 1947, de origem judcaica, atinge o maior momento de sua carreira. Consegue fazer, de enfiada, o maior sucesso comercial de todos os tempos ("Parque dos Dinossauros") e seu trabalho de maior prestígio.

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