São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994
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Diretor é aposta pouco arriscada

Steven Spielberg é virtual vencedor

FERNANDA GODOY
DE NOVA YORK

Apostar em "A Lista de Schindler" e, em particular, em Steven Spielberg é a maneira mais segura de ganhar dinheiro com a festa de entrega do Oscar, no próximo dia 21. Spielberg, que nunca recebeu o reconhecimento da Academia de Hollywood por seus megasucessos "E.T.", "Indiana Jones" e "Parque dos Dinossauros", é o grande favorito à redenção este ano.
"A Lista de Schindler" recebeu 12 indicações, em quase todas as principais categorias: melhor filme, diretor, ator (Liam Neeson), ator coadjuvante (Ralph Fiennes) e roteiro. Para os prêmios de ator a concorrência é forte –Tom Hanks, Anthony Hopkins, Daniel Day-Lewis–, mas as estatuetas de filme e diretor devem ir enfeitar a estante de Spielberg. Farão companhia aos Globos de Ouro 94 nas mesmas categorias, recebidos em janeiro.
O Globo de Ouro, prêmio concedido pela Associação dos Correspondentes Estrangeiros em Hollywood, é considerado uma espécie de "preview" do Oscar. "A Lista de Schindler" também foi escolhido o melhor filme de 93 pelas associações de críticos de Nova York, Los Angeles, Chicago, Boston, Dallas e pela Associação Nacional de Críticos dos EUA.
O filme, com o qual Spielberg não tinha grandes ambições de sucesso financeiro, está se saindo muito bem também neste setor. Nas 12 semanas em que está em cartaz nos EUA, já arrecadou mais de US$ 50 milhões. No último fim-de-semana, "A Lista de Schindler" arrecadou mais dólares do que filmes obviamente comerciais, como "Uma Babá Quase Perfeita" e "Blue Chips" (com Nick Nolte e o astro da NBA Shaquille O'Neal). O filme de Spielberg está sendo exibido em 803 salas nos EUA.

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