São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994 |
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'Judeus de Schindler' apontam erro no filme
RONI LIMA
Heuberger e Degen moram desde o final dos anos 40 no Brasil. Os dois faziam parte desse grupo de judeus. Eles conseguiram salvar Schindler e, mais tarde, acompanharam o ocaso moral do ex-empresário. " Com o fim da guerra, acho que não encontrou mais motivação para viver", diz Degen. Sem conseguir emprego na Alemanha, sempre bêbado e gastando dinheiro com mulheres, Schindler viveu até o final da vida, em 74, com o auxílio de contribuições financeiras de judeus. "Nunca paramos de ajudá-lo. Ele salvou nossas vidas", afirma Heuberger. Mesmo com a imprecisão da sequência final, Degen e Heuberger foram unânimes em apontar o filme como uma obra de arte. "O Spielberg mostrou perfeitamente a época de terror, de ódio racial e de selvageria alemã", diz Heuberger, que perdeu toda a família nas mãos dos nazistas. Com o fim da guerra, em 8 de maio de 1945, os oito, vestidos de prisioneiros judeus, saíram da fábrica de armamentos de Schindler, na antiga Tcheco-Eslováquia, para tentar chegar à Suíça. Acabaram presos, na fronteira da Alemanha com a Suíça, pelos franceses. Conseguiram então convencê-los que não eram nazistas, e que Schindler fora, na verdade, um herói. Texto Anterior: Museu preserva memória da barbárie do século Próximo Texto: Sheridan faz filme sobre a honra paterna Índice |
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