São Paulo, sexta-feira, 11 de março de 1994 |
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Frei assume Presidência do Chile; país ainda tem 5 presos políticos CLOVIS ROSSI CLÓVIS ROSSI
Frei só não ficou com um número maior de presos políticos para resolver em seus seis anos de mandato porque na quarta-feira, o presidente Patrício Aylwin deu indulto a outros quatro presos. Três deles foram condenados por participação no espetacular mas fracassado atentado contra o então presidente Pinochet, em 1986. São Héctor Figueroa Gómez, Juan Ordenes Narváez e Héctor Maturana Urzúa, membros da Frente Patriótica Manuel Rodríguez, braço armado do PC chileno. O quarto indultado é Miguel Angel Colina, condenado por uma ação armada praticada em 88. Colina também pertence à FPMR. O decreto presidencial substitui a pena de prisão perpétua, a que todos haviam sido condenados, pela expulsão do país. Os quatro irão para a Bélgica, país que já lhes concedeu visto de entrada. O indulto foi o último ato marcante da gestão Aylwin, iniciada em 1990, depois de 17 anos de ditadura militar, uma das mais violentas da já violenta história da América Latina. Mas, de alguma forma, desvia a atenção para o que o eixo da administração que hoje se encerra, marcada pela tentativa de provar que a democracia é capaz de, ao mesmo tempo, manter a economia ajustada e investir na área social (o número de pobres, no Chile, caiu de 40% para 33% da população de 13,2 milhões). Texto Anterior: Bantustão quer votar na eleição sul-africana Próximo Texto: Sérvios atacam tropa francesa; ONU aceita Índice |
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