São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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Continua impasse na mensalidade

A forma de conversão das mensalidades das escolas particulares de São Paulo continua gerando polêmica. Enquanto isto, os pais e alunos não sabem quanto irão pagar no próximo mês.
O Sieeesp, sindicato dos estabelecimentos do setor, insiste na aplicação da média dos valores de novembro a fevereiro, mais um aumento de 12,4%, resultante de acordo com os professores, que algumas escolas inclusive já repassaram à mensalidade.
A Associação Intermunicipal de Pais e Alunos discorda do cálculo, afirmando que as escolas já vinham praticando aumentos acima da inflação.
O Grupo, outra entidade que congrega escolas particulares de São Paulo, orienta suas filiadas a converterem a mensalidade de fevereiro pelo valor da URV no dia do pagamento. Ou seja, pelo pico.
O governo, por seu lado, ameaça intervir no setor, porque entende que, feita a conversão para URV, qualquer aumento acima da média seria abusivo.
Já o presidente da Fiep (Federação Interestadual de Escolas Particulares), Oswaldo Saenger, disse na semana passada que se o governo intervir na "delicada" questão das mensalidades escolares, pode ser um "complicador a mais".
Esta "salada russa" resulta, na verdade, do fato de que as escolas já se acostumaram, há vários anos, a não cumprir as sucessivas leis que definiram formas de cálculo de mensalidades, sem sofrer qualquer punição.
No ano passado, por exemplo, quase todas as escolas particulares reajustaram a mensalidade todos os meses, pela inflação do mês anterior, embora os salários sofressem reajustes bimestrais, com a reposição integral da inflação apenas a cada quatro meses.
Levando em conta apenas a experiência passada, é bom os pais irem preparando os bolsos para mais uma vez atender as exigências das escolas, estejam elas ou não dentro da lei.

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