São Paulo, domingo, 13 de março de 1994
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Corinthians promete coragem no Morumbi

MÁRIO MOREIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Encarar o time considerado o bicho-papão do campeonato não assusta os jogadores do Corinthians. Pelo menos é o que se depreende das suas declarações a respeito do clássico de hoje, no qual uma derrota poderá deixar a equipe dirigida por Carlos Alberto Silva distante do título paulista.
"Aqui ninguém pensa em derrota. Para nós, é matar ou morrer", definiu o meia Marcelinho. Segundo ele, o decantado poderio palmeirense não corresponde exatamente à realidade. "Não existe 'dream team' no futebol. O Palmeiras é forte, mas não invencível", declarou. Marcelinho fala com conhecimento de causa: no ano passado, ainda no Flamengo, ele marcou um dos gols da vitória de 3 a 1 do time sobre o adversário de hoje, pela Copa Rio-São Paulo, no Maracanã.
"É claro que temos que respeitar o Palmeiras. Mas vamos entrar para ganhar, sem medo", afirmou Tupãzinho. "Se houver medo, é por parte de alguns torcedores. Nosso time também é bom e pode vencer o Palmeiras, como o São Paulo fez", disse Wilson Mano.
Para Carlos Alberto Silva, o jogo de hoje "é muito mais importante para o Corinthians do que para o Palmeiras". Ele disse que respeita o campeão brasileiro, mas também destacou a força da sua equipe. "Um time que empata com o São Paulo depois de estar perdendo por 2 a 0, será que não tem nada de bom?", indagou.
Até ontem, o treinador não havia definido o substituto do lateral-esquerdo Daniel, que está suspenso, assim como o goleiro Ronaldo. A opção mais provável é a entrada de Elias em seu lugar. As alternativas são a escalação de Wilson Mano na lateral esquerda, entrando Gralak na zaga, ou a transferência de Leandro para a esquerda, com Mano na direita e Gralak no meio.
Carlos Alberto Silva também não quis antecipar o modo pelo qual pretende anular o meio-campo palmeirense, mas a marcação individual sobre todos os homens de criação do Palmeiras está descartada. "Talvez faça uma coisa mista, marcando individualmente um ou outro jogador. Também temos que fazer com que eles se preocupem com a gente", afirmou.
O volante Moacir concordou: "O Palmeiras não tem nenhum jogador que, sozinho, decida uma partida."

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