São Paulo, domingo, 13 de março de 1994 |
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Rivaldo agora vai voltar para marcar Silva pede a ele função tática parecida com a de Zinho JOSÉ HENRIQUE MARIANTE
* Folha - O clássico será palco do duelo Zinho x Rivaldo, por uma vaga na seleção? Rivaldo - Acho que não existe duelo. Para ser convocado para a seleção, tem que se fazer um bom trabalho no clube. Se existir uma disputa por vaga, será depois da convocação. Folha - No atual esquema de Carlos Alberto Silva, você está deixando de ser um ponta original. Está dando certo? Rivaldo - Até agora não funcionou muito bem. Contra o Palmeiras ele quer que eu volte mais para marcar, recuperar a bola e lançar o Viola, que ficará enfiado na área, isolado. Folha - Mas, ao contrário do Zinho, está sendo difícil deixar de ser um ponta para atuar mais como meia... Rivaldo - Estou tentando. Já fiz isso no Mogi. MAs semprei gostei de atuar mais aberto. Folha - Você acha que poderia jogar assim na seleção contra a Argentina, dia 23? Rivaldo - Não sei nem se serei convocado. Gostaria de ser chamado para algum dos amistosos. Se for, acho que fico no banco. Vamos ver o que vai acontecer. Mas seria bom se eu atuasse, principalmente em Recife, que é a minha terra. Folha - Você conhece a defesa argentina? Rivaldo - Ninguém. Folha - E a do Palmeiras? Rivaldo - O Antônio Carlos e o Cléber são grandes jogadores, de seleção. Vão jogar duro, faz parte da profissão. Mas acho que não apelarão para a violência. E ainda tem o Sampaio e o Amaral, que são ótimos em sua funções. Temos que tocar a bola rápido para superá-los e evitar que eles a recuperem. Folha - Qual é a receita para vencer o clássico? Rivaldo - O time que errar menos deve vencer. Folha - E a rivalidade? Influi muito? Rivaldo - Não. Ela é mais para o torcedor. Temos que nos preocupar em correr atrás do resultado senão eles podem abrir quatro pontos na tabela. Isso é o que importa. Folha - Por que sua renovação com o Corinthians foi tão complicada? Rivaldo - Com o Corinthians foi fácil. O problema foi o Mogi me soltar. Havia muitos clubes interessados. Folha - Como é ser assediado por tantos clubes? Rivaldo - É bom ser reconhecido. Dá confiança. Mas queria ficar no Corinthians. Folha - Por quê? Rivaldo - Principalmente por causa da torcida. Ela apóia muito. Mas se fosse o caso, defenderia da mesma maneira qualquer outro clube. Folha - Seu contrato vai até julho. Você pensa em se transferir para o exterior? Rivaldo - Não. Gosto do Brasil e não penso nisso. É óbvio, no entanto, que se for uma proposta irrecusável terei que ir. Mas acho que preciso ficar por aqui. Sou muito novo. Folha - No Corinthians? Rivaldo - Se for possível. Texto Anterior: Para os zagueiros, reclamações são injustas Próximo Texto: Luxemburgo busca ponto de equilíbrio Índice |
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