São Paulo, domingo, 13 de março de 1994 |
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De Klerk intervém em bantustão
DE KLERK INTERVÉM EM BANTUSTÃO Presidente de Bophuthatswana, sacudido por levante que deixou 67 mortos, é afastadoO presidente sul-africano, Frederik de Klerk, ordenou ontem intervenção militar em Bophuthatswana, bantustão sacudido desde quarta-feira por levante popular pela participação nas primeiras eleições multirraciais do país. O presidente do bantustão, Lucas Mangope, foi afastado pelo Conselho Executivo Transitório (CET), responsável pelas eleições. Várias cidades foram declaradas áreas de emergência, o que permite à polícia agir sem mandado. A decisão ameaça provocar uma crise entre o governo sul-africano e o Congresso Nacional Africano (CNA, de Nelson Mandela), porque foi tomada sem consulta ao CET, responsável pelas eleições. Apesar de ter aceitado participar das eleições, Mangope não deu garantias de liberdade política plena no bantustão –o que levou De Klerk à intervenção. Em três dias de levante pelo menos 67 pessoas morreram, entre as quais três extremistas brancos, fuzilados. O ex-ministro da Defesa sul-africano, Constand Viljoen, deixou ontem a liderança da Frente Popular Africâner (AVF) e formou um novo partido, a Frente pela Liberdade, para participar das eleições. O Movimento de Resistência Africâner (AWB), que ao lado da AVF e dos conservadores negros estão boicotando as eleições, chamou Viljoen de "Judas". LEIA MAIS sobre África do Sul na pág. 2 Próximo Texto: África do Sul vê seu novo Exército se desintegrar Índice |
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