São Paulo, domingo, 13 de março de 1994 |
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Só se fala em "Filadélfia"
PAULA SILVA A comunidade só fala em "Filadélfia". O advogado paulistano Esdras Alves Passos, 30, foi um dos que assistiu o filme logo na semana de estréia. Por uma razão especial: tem causas semelhantes à do "colega" vivido pelo ator Denzel Washington, defensor de Tom Hanks, o moço demitido por ser portador do HIV. "O bom do filme é que o Judiciário consegue uma decisão favorável a tempo de beneficiar o personagem." Entre os clientes de Passos está um bombeiro que prestou concurso para a Escola de Oficiais, passou e foi excluído por causa do teste que acusou o HIV. "O mandado de segurança teve julgamento desfavorável em maio de 1993. Entrei com recurso e até hoje não houve julgamento. "Ele conta o caso de outro rapaz, demitido de uma loja por ser soropositivo: "Consegui uma sentença judicial reintegrando-o e o juiz determinou indenização de US$ 350 mensais pela discriminação. A empresa recorreu e o processo pode durar três anos". O estudante de engenharia Clayton C.B., 19, gostou do filme: "Mostra a realidade das minorias numa sociedade hipocritamente liberal". Roberto Ronchezel, 39 do Grupo Pela Vidda, acha que o filme é importante principalmente para o Brasil, "onde não se luta só contra a Aids, mas contra o preconceito".Veja salas e horários de "Filadélfia" na página 29. Texto Anterior: O musical dos musicais Próximo Texto: O primeiro bom recital do ano Índice |
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