São Paulo, terça-feira, 15 de março de 1994
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Tatuagem de yakuza foi feita em um ano

THAÍS OYAMA
DA REPORTAGEM LOCAL

A tatuagem no universo Yakuza (máfia japonesa) tem por objetivo deixar claro que quem a exibe é um pária, alguém que não se ajusta à sociedade japonesa. Hitoshi Tanabe, 32, o mafioso preso no último dia 7 pela Polícia Federal, deixou-se fotografar por uma das agentes que o prendeu.
Suas costas, antebraços e parte do tórax estão desenhadas com flores de cerejeira, peixes, dragões e samurais –motivos que, no Japão, evocam beleza, sorte, coragem e honra.
Segundo Tanabe –que, no Japão, é acusado de tráfico de cocaína– a tatuagem em seu corpo demorou um ano para ser completada e foi aplicada através de um dos mais antigos e dolorosos processos: o artista usou uma lasca de bambu que, mergulhada em tinta, perfurou sua pele até a derme (segunda camada da pele).
Tanabe, um dos líderes da maior facção Yakuza, a Yamaguchi-gumi, se encontra agora preso em Brasília, onde aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal sobre sua extradição para o Japão.

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