São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 1994
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Salvador vai inaugurar hospital modelo

LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

Antes mesmo de ser inaugurado –a solenidade está marcada para a próxima sexta-feira–, o hospital Sarah-Salvador já atendeu mais de 1.500 pacientes nos seus dois principais programas de reabilitação -paralisia cerebral e lesão medular. Com orçamento total de US$ 34 milhões (US$ 20 milhões nas obras e o resto na aquisição e instalação dos equipamentos), o Sarah-Salvador começou a ser construído em abril de 1992 em uma área de 27 mil metros quadrados, em uma colina a menos de um quilômetro da rodoviária, no centro de Salvador (BA).
Um ano depois do início das obras, começou a funcionar o Centro de Apoio à Criança com Paralisia Cerebral, que atende exclusivamente os menores na faixa etária de 0 a 16 anos. No centro trabalham duas médicas, uma pediatra e uma neuropediatra, além de três equipes multidisciplinares, formadas por terapeutas, enfermeiras e psicólogas.
Projetado pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o hospital da capital baiana é o quarto da Rede Sarah Kubitschek (Brasília, Belo Horizonte e São Luís). Possui 170 leitos para internação (metade da capacidade do Sarah-Brasília), atendimento ambulatorial e não trabalha com casos de emergência.
Segundo a assessoria do Sarah-Salvador, o hospital começou a atender pacientes antes mesmo de sua inauguração porque nas obras foram empregadas as mais avançadas técnicas de construção. Em outubro passado, entrou em operação a unidade de Lesado-Medular –até a primeira semana de fevereiro, 150 pacientes já haviam sido internados e atendidos.
Na fase de implantação do programa, o serviço de transporte do hospital buscava e depois levava os pacientes às suas residências. Todo o hospital de Salvador é horizontal e, segundo os arquitetos, houve preocupação com a manutenção das áreas verdes e algumas "fatias da mata atlântica" foram preservadas e incorporadas à paisagem do hospital.
Segundo os organizadores, confirmaram presença na festa de inauguração do Sarah-Salvador o ministro Fernando Henrique Cardoso, o presidente do Congresso, Humberto Lucena, o chefe da Casa Civil, Henrique Hargreaves e os governadores Antonio Carlos Magalhães (BA), Ciro Gomes (CE) e Luiz Antônio Fleury Filho (SP).
Após visitar as instalações do hospital em Salvador, o escritor Jorge Amado, 81, disse "que se sentiu em uma casa de família". "Neste hospital, os enfermos se sentem bem", disse o escritor. O presidente da Associação das Pioneiras Sociais (APS) –entidade que administra o Sarah–, Aloysio Capos da Paz Júnior, disse que o hospital utiliza uma tecnologia de ponta.

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