São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 1994 |
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'Ele levava cigarro', diz José Genoino Deputado ficou 1 ano no presídio DA REPORTAGEM LOCAL O deputado federal José Genoino (PT-SP) passou um ano e meio recolhido a uma cela individual do Instituto Paulo Sarasate, entre o final de 1975 e abril de 1977. Integrante do PC do B, Genoino foi preso em 1972, após participar dos preparativos do que viria a ser a Guerrilha do Araguaia –movimento armado que teve como cenário as matas do Sul do Pará, na década de 1970.O preso político Genoino conheceu então o cardeal-arcebispo de Fortaleza, dom Aloísio Lorscheider."Um homem muito simples e amável; visitava todos os presos, sem distinção, especialmente em datas religiosas como a Páscoa e o Natal", relembra. O deputado recorda também que as visitas do religioso –"muito festejadas"– tinham um atrativo especial. O cardeal-arcebispo, diz Genoino, não costumava esquecer desses objetos de desejo dos presos, os maços de cigarros. Os 13 presos políticos ocupavam celas individuais –"muito úmidas quando chovia"– do mesmo pavilhão do Paulo Sarasate. Não tinham contato com os presos comuns –apenas com aqueles de bom comportamento que faziam a limpeza das celas e a entrega das refeições. "Mas sabíamos da existência de quadrilhas", diz Genoino, que recorda de brigas de presos que resultaram em mortes e de fugas bem sucedidas. (Luís Eduardo Leal) Texto Anterior: Lorscheider já sofreu ameaça de morte Próximo Texto: 'Poderoso Chefão' cita d. Lorscheider Índice |
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