São Paulo, quarta-feira, 16 de março de 1994
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África do Sul escolhe bandeira pós-apartheid

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Conselho de Transição da África do Sul aprovou ontem a nova bandeira do país, que substituirá a atual, associada ao apartheid (política de segregação racial). Escolhida entre 7.000 sugestões, ela terá seis cores: vermelho, branco, verde, azul, preto e amarelo.
O conselho também aceitou "Nkosi Sikeleli Afrika" ("Deus Abençoe a África"), canto tradicional de manifestções negras, como um dos dois hinos do país. O outro será o atual "Die Stem" ("A Voz").
A Comissão Eleitoral prorrogou até hoje às 16h30 (11h30, hora de Brasília) o prazo para a apresentação das listas definitivas dos candidatos às eleições de 26 a 28 de abril. O objetivo é atrair os conservadores negros do Inkatha (de maioria zulu). Esta é a terceira alteração sofrida pelo prazo em menos de uma semana.
Ontem, pelo menos 13 negros foram assassinados em incidentes isolados na Província de Natal, segundo a polícia. Em Johannesburgo, um alemão morreu e outro ficou ferido anteontem depois de supostamente ter atacado policiais.
O líder do Congresso Nacional Africano e favorito para ser o próximo presidente sul-africano, Nelson Mandela, foi ontem ao bantustão de Bophuthatswana. Na semana passada, protestos por participação nas eleições causaram mais de 50 mortes e a derrubada do presidente local, Lucas Mangope, pelo governo de Pretória.
Mandela foi recebido como herói. Em discurso para servidores públicos na capital, Mmabatho, o líder negro disse que eles não perderão os empregos e os benefícios quando Bophuthatswana deixar de existir, depois da eleição.

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