São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994 |
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Medo do ridículo; Ninguém viu; Uma visão; Outra visão; Cotação melhorada; Meia razão; Fatura prévia Medo do ridículo Ontem à noite, deputados ainda tentavam levar os senadores a repetirem a Câmara na derrubada do veto de Itamar ao aumento dos salários dos parlamentares. Era o medo de que o Senado se deixe influenciar pelas previsíveis críticas. Ninguém viu Lideranças do PT e do PSDB buscavam uma ação do governo contra a votação do veto. Ninguém sabe o que levou a liderança do governo a deixar o veto entrar em pauta. Mesmo assim, o aumento salarial passou com votos tucanos. Uma visão Francisco Dornelles (PPR-RJ), que apóia Maluf para a Presidência, usou o episódio de ontem para defender a manutenção de FHC no ministério: "Se isto aconteceu com FHC no governo, imagine o que acontecerá com ele fora." Outra visão Emerson Kapaz, do PNBE, argumenta que, com a "falta de sensibidade política" demonstrada ontem pela Câmara, FHC devia voltar ao Senado para se dedicar à articulação no Congresso. E aproveitar para sair candidato. Cotação melhorada Depois de jantar com Barelli no fim-de-semana, Vicentinho adotou um adjetivo mais ameno para se referir ao ministro do Trabalho. Em vez de "traidor", preferido por segmentos do movimento sindical, vem usando "frustrador". Meia razão As denúncias de irregularidades na utilização de recursos federais feitas por ACM há um ano contra o então ministro do Bem-Estar Social, Jutahy Magalhães Júnior, foram consideradas "parcialmente procedentes" pelo TCU. Fatura prévia Socorro Gomes (PC do B-PA), criticando a ação policial de ontem contra estudantes, disse que a culpa era "da polícia de Fernando Henrique". Mário Covas comentou: "Só faltava essa!" Caça ao tucano Assessores de Fleury estão furiosos com Ciro Gomes: dizem que ele pediu ajuda de policiais paulistas para acabar com a rebelião de presos em Fortaleza. Depois, o governador do Ceará disse que evitou "um novo Carandiru". Com as próprias mãos Trabalhadores rurais do município de Uruará (PA) decidiram demarcar por conta própria as terras dos índios araras. Alegam que o Ministério da Justiça nada faz sobre o caso e cansaram de esperar. Remédio amargo Romildo Canhim, ministro da Administração, estuda parecer do jurista Miguel Reale sobre o poder do Executivo em reter repasses de verbas para os demais poderes. Canhim busca meios para conter aumentos salariais corporativistas. Texto Anterior: Drible no cerimonial Próximo Texto: Dia do vice; Destino fatal; Britânico; Aliança à vista; Problemas nas bases; Corda bamba; Jogo embolado; TIROTEIO Índice |
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