São Paulo, quinta-feira, 17 de março de 1994 |
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Ilhas fluviais são maior atração de Belém
MARIA DANIA JUNGES
Hoje, o Pará conta com mais de seis milhões de habitantes e, só em Belém, vivem 1,3 milhão de pessoas. É nos arredores da capital paraense que acontecem os melhores passeios fluviais. Entre as ilhas de Combu e Papagaios, navega-se por furos e igarapés de água escura e limpa. A 70 quilômetros de Belém, a Ilha do Mosqueiro encanta o visitante com suas praias de água doce. A 210 quilômetros da capital, em Salinas, a Praia de Atalaia é a mais procurada pelos paraenses. Em Belém, pode-se visitar o mercado "Ver-o-Peso" e comprar artesanato, raízes, ervas, frutas e peixes da região. Na cidade velha, ficam o Forte do Castelo, as igrejas de Santo Alexandre e das Mercês, construídas pelos jesuítas nos séculos 17 e 18, e a Catedral da Sé, em estilo barroco-colonial. Ela guarda importante pinacoteca assinada pelo pintor italiano Domenico De Angelis. Na Basílica de Nazaré (1908), termina a procissão do Círio de Nazaré. O Museu Paraense Emílio Goeldi, fundado em 1866, abriga um parque com 600 animais e 800 espécies de plantas, além de acervo arqueológico com 2.000 itens. Há ainda o Palácio Lauro Sodré (1771), em estilo neoclássico, ocupado hoje pelo governo estadual, e o Teatro da Paz (1878). Depois de cinco horas de barco ou 10 minutos de vôo, chega-se à Ilha de Marajó, com 50 mil quilômetros quadrados e 12 municípios. Seus antigos habitantes a chamavam Mbarayó, que significa "anteparo do mar" ou "quebramar". Pelos campos encharcados da ilha, durante os meses de inverno (dezembro/abril), passeiam um milhão de bovinos, entre eles, 400 mil búfalos levados por vaqueiros de sangue índio, além de centenas de espécies de aves e mamíferos. Nas praias de Araruna e Pesqueiro, próximas à cidade de Soure, o nascer do sol é um belo espetáculo. O oeste do Pará também está se tornando importante pólo de turismo ecológico. A cidade de Santarém, antiga aldeia dos índios Tapajós, fundada em 1626, dista 700 quilômetros de Belém e é roteiro obrigatório das embarcações que navegam pelo Amazonas. O encontro das águas azuis do rio Tapajós com as barrrentas do Amazonas, é um espetáculo à parte em frente à cidade. Pode-se visitar o Centro Cultural João Fona, que conta com acervo de 5 mil peças de cerâmica típica. Texto Anterior: 'De repente, começou a chover na mata' Próximo Texto: Pará possui boas opções de hospedagem em várias cidades Índice |
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